SAPUCAIA DO SUL | A cidade parou para ver o crime na BR-116

Foto: Jaime Zanatta/GBC

Da redação | O trecho de Sapucaia do Sul da BR-116 é considerado um dos mais movimentados do Estado. Por volta de 7h o fluxo já é bastante intenso na rodovia, inclusive, com pontos de retenção. Qualquer tipo de ocorrência que acontecer na região vai causar tranqueira. Hoje, o congestionamento ultrapassou a casa dos 10km.

Tanta lentidão foi por causa da morte de Dario dos Santos. Ele conduzia um GM Cruze – emplacado em Canoas – pela rodovia quando, conforme relato de populares, dois homens em uma motocicleta dispararam diversas vezes próximo a um posto de combustíveis no sentido Interior – Capital. O veículo ainda cerca de um quilômetro, e parou entre o acostamento e a pista lateral. O homem morreu na hora.

Os disparos ficaram marcados nos vidros e na lataria do veículo (Foto: Jaime Zanatta/GBC)

Rapidamente, o caso repercutiu. Na região, a Agência GBC foi uma das primeiras a noticiar que havia um carro com marcas de tiros parado na rodovia. Na sequência, nossa reportagem e outros veículos de comunicação confirmaram o óbito. Rapidamente, o assunto ganhou as redes sociais.

Quem estava trafegando pela rodovia, fosse motorista ou passageiro, estava com celular na mão para registrar o caso. Alguns condutores, inclusive, foram multados, porque a prática é proibida por lei e a infração está prevista no Código Brasileiro de Trânsito (CTB). Em cima do local do crime, há uma passarela para travessia de pedestres. Rapidamente, o espaço começou a encher de populares. “Li na internet que tinha acontecido e moro aqui nos blocos. Larguei minha filha na escola e vim correndo”, conta uma dona de casa, que, por medo dos bandidos, não quis se identificar. Toda essa gente só saiu do local, quando o corpo e o veículo foram retirados da rodovia.

Perícia

O Instituto Geral de Perícias (IGP) trabalhou por cerca de uma e meia no local onde Dario dos Santos de 44 anos foi morto a tiros na manhã desta sexta-feira (18). O crime aconteceu em um dos trechos mais movimentados da BR-116 na cidade de Sapucaia do Sul às 7h em um dos horários de maior fluxo da rodovia.

A perícia teve dificuldades para abrir o veículo (Foto: Jaime Zanatta/GBC)

Ainda não é possível confirmar quantos tiros foram efetuados. O que foi apurado no local pela reportagem de Agência GBC é que, pelo menos um disparo, atingiu o pescoço de Dario. Populares que viram o crime, também assistiram o trabalho da perícia. “Eu tava no posto de combustíveis e só escutei a rajada de tiros. Vi uma moto se aproximando do veículo e disparando”, contou um metalúrgico que não quis se identificar.

O caso já está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil da cidade. Perto do posto de combustíveis que fica metros de onde o carro conduzido pelo homem parou, foram encontradas munições de fuzil 556. “Ainda não temos nenhuma novidade sobre o homicídio”, comentou o delegado Thiago Carrijo, que vai responder pela investigação.

O crime

Dario foi morto a tiros no km 252 da BR-116 no sentido interior – capital. A vítima estaria sozinha em um veículo Cruze de cor branca, com placas de Canoas e acabou morrendo no local.

Os vidros e a lataria do carro ficaram marcados pelos diversos disparos efetuados na direção do motorista.

O homem, de acordo com a polícia, tinha antecedentes por tráfico e cumpria pena no regime semi-aberto, vinculado ao Instituto Penal de São Leopoldo. Ele saía todas as manhãs do presídio.

Família foi até o local

Em meio ao trabalho da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para isolar o local, uma parente – que não quis se identificar –, pediu mais informações a um agente da PRF sobre a vítima e confirmou o óbito.

Minutos depois, chegou à esposa de Dario. Ela também não quis se identificar e muito menos gravar algum tipo de depoimento. Porém, informalmente em conversa com a imprensa, ela comentou que o homem era pai de seus dois filhos, de cinco e 12 anos, e que eles moravam em Nova Santa Rita.

A mulher ainda contou que o filho mais novo estava no carro junto com ela. “Disse que o pai sofreu um acidente. Como que vou dizer que ele está morto”?

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